terça-feira, 4 de novembro de 2008

MEU NOME É ÉBANO



Ele tinha fala mansa de mineiro, olhar de tigre adestrado.Doce como aquele cafezinho que se toma sem o sabor amargo da derrota. Sutil, suave. As garras nunca expostas; se contrariado, transformava-se no preto velho da senzala e, por algumas vezes esteve no pelourinho. Mas não fazia mal, o que lhe alegrava os olhos eram os filhotes e a bela fêmea que o esperava, a rainha de seu lar. Bailarino como poucos, trocou a dança boêmia por um grande amor. Um ébano de estirpe.

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