quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O bêbado

Um corpo cambaleia na madrugada fria. Os passos ritmados no dois pra cá, dois pra lá como se dançasse o bolero de Havel. Pende-lhe das mãos flácidas e embrutecidas uma garrafa de bebida ordinária. Da camisa rota e amarrotada salta o ventre volumoso. Pescoço e rosto tingem-se de rubro.
A boca vacilante tenta, em vão, uma canção melancólica, enquanto os vagos olhos buscam o caminho certo.

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